Tem dias que minha vida parece um desses filmes do Adam Sandler em que tudo dá errado. Ainda são 21:30, mas como acredito que nada de pior possa acontecer, até porque quando se está no fundo do poço não tem como piorar (a não ser que comece a chover...), resolvi compartilhar com o mundo minhas últimas 24 horas.
Ontem, enquanto procurava uma monografia em um dos armários do ALiMA, comecei a espirrar por causa da poeira. A série de espirros se transformou em garganta inflamada e olhos lacrimejando e, quando cheguei em casa, a dor de cabeça já havia se juntado aos outros sintomas. Ah! Esqueci de avisar, mas aqui em casa estamos em reforma. Isso significa que tive que dormir na sala e que a poeira abunda. (A o que?)
Consideração pelos outros não é lá o forte de alguns membros da família, por isso, apesar do sono, só consegui descansar de verdade depois de 00:30, quando o CQC já havia acabado e o meu irmão não tinha mais o que assistir. A luz da cozinha estava ligada porque meu pai teve que trabalhar até de madrugada em algo realmente engraçado, já que sorria enquanto digitava, mas não atrapalhava tanto porque virei a cabeça para o outro lado.
Cochilei.
01:00 acordei com minha garganta lascando de inflamada e não conseguia mais dormir, mesmo com o sono que sentia. Às 02:30 desisti de tentar dormir e ocupei o local, agora vago, que meu pai ocupara mais cedo. Infelizmente, nem a internet parecia resolver meu problema. Decidi, então, voltar a ser infeliz na cama, que estava plastificada por debaixo dos lençóis, já que a casa estava empoeirada e minha mãe não queria que o colchão se estragasse. Nada como se mexer na cama, com a garganta inflamada e o nariz entupido escutando o barulho de plástico sendo contorcido. Sentia um pouco de calor também, mas as cabeçadas que de vez em quando dava em um dos móveis da sala irritavam mais.
Consegui dormir um pouco às 05:00, mas tive que acordar antes das 06hs para ir à UFMA. Graças ao jogo do Brasil não tive aula à tarde, mas, pela manhã, precisava apresentar um trabalho. Não assisti aos dois primeiros horários por conta da professora que, além de chegar tarde, já ter tentado me converter ou algo do tipo. "Você tem vergonha de adorar a Deus?" - "Não, não. Tenho vergonha é de te ter como professora" - pensei enquanto falava "Não, professora, tenho não".
Apresentei o trabalho e fugi dos dois últimos horários pra aproveitar a carona do meu pai. Cheguei em casa e dormi um pouco enquanto os pedreiros quebravam a parede do quarto. Acordei melhor e até consegui almoçar, mas logo depois que tomei banho, fiquei com febre, dor no corpo e na cabeça a tarde toda. Enquanto assistia ao sofrível primeiro tempo do jogo, lembrava que no dia seguinte teria mais um trabalho para apresentar e uma prova pra fazer, pedindo a todas entidades que conheço (no desespero não tenho preconceitos com religiões. Aí quando a situação melhora eles voltam) que ficasse bom logo para poder estudar.
Melhorei e já consegui estudar. Daqui a pouco vou ver se consigo dormir e descontar a falta de horas de sono da última noite.
Só queria mesmo agradecer à mãe dos meu primos por ter dado a eles uma vuvuzela. Afinal de contas, o que seria do meu dia sem uma trilha sonora?
