domingo, 24 de abril de 2011

o verdadeiro espírito

Assim como no dias das mães, quando ouvimos por horas e horas que "todo dia é dia das mães", em datas festivas de cunho religioso, como Páscoa e Natal, o piegas é lembrar o "real motivo" da festividade.
Sou um cara que acredita em Deus, mas que não é um exemplo de religiosidade. Confesso que até sexta-feira ainda tinha certa dúvida quanto ao nascimento de Jesus. Sabe como é, se era na Páscoa ou no Natal, mas isso não vem ao caso. Gostaria mesmo que pensássemos sobre "o real espírito das coisas".
Pragmaticando, acredito que o real sentido das coisas é o real sentido das coisas, oras. Se a maioria das pessoas associa a Páscoa ao chocolate e o Natal ao aumento das vendas no comércio, luzes, etc. são esses seus reais significados.
Sem querer militar a favor do capitalismo, não podemos negar que essas datas só tem essa importância atualmente por causa dele. Pensa aí: neguinho tá cagando para o dia de todos os santos. Tem cunho religioso, não é? A maioria dos brasileiros é de católicos, certo? Então por que não passamos quase um mês assistindo propagadas a esse respeito ou contando os dias para a cheguada do dia? A meu ver, porque não tem apelo comercial.
Saindo do âmbito religioso. Dia da bandeira. Mano, símbolo máximo da pátria. Brasil, o país que amamos odiar, nosso país, aquele que só a gente pode falar mal. Diz aí, tu lembras que dia é o dia da bandeira?
Independência! Outro com fortíssimo apelo nacionalista. Nada se comparado ao... sei lá, dia dos namorados.
Cada um pensa, reflete, lembra e tenta convencer os outros do que quiser na data que bem entender. Mas dar uma de fiel e se valer de redes sociais para catequizar os outros é meio last century, né não?! Fiel que é fiel tá na igreja, e não no facebook copiando e colando viral.
Posso tá errado, é lógico, mas saca só, é muito fácil esquecer-se de Jesus quando tu come um chocolate da cacau show, pô.
Imagina aí, se ao invés de chocolate fosse tradição tomar CHÁ DE BOLDO na páscoa. Certeza que neguinho ia cagar pro chá e pensar um pouquinho sobre o nascimento de Cristo. O problema é que seria daquelas que ninguém liga, já que a gente só liga por causado chocolate. A não ser que continuasse sendo feriado, é claro. Aí sim, sendo feriado até dia da árvore ganha relevância.
Dessa forma, valeu, coelhinho da páscoa, por não nos deixar esquecer de Jesus. E valeu, Jesus, por nos fazer ganhar chocolate no dia da sua morte. Ou ressurreição. =/