sexta-feira, 14 de agosto de 2009

culpa de portugal

Sem dúvida, a colonização portuguesa foi um dos principais fatos que contribuíram para que os brasileiros sejam um povo que, em sua maioria, gosta de farofa na praia com um pagode bombando.
Junto com as mulheres de bigode, nos foi trazido pelos portugueses o catolicismo em sua forma mais radical, e foi graças a esse catolicismo radical que somos desse jeito.
Vamos então odiar Deus, estar constantemente emburrados e maltratar nossos pais, mesmo sendo eles quem nos sustentam?
Não, nós somos brasileiro adoradores de pagode com farofa na praia, não idiotas.
Esse catolicismo nos fez ser um povo sem opinião por termos medo de irritar alguém quando expomos o que pensamos. Herança do caráter opressor da Igreja Católica naquela época.
Podemos mudar? Lógico! Hoje em dia, a religião não é mais um empecilho para nada, mas mudar dá muito trabalho e não é algo fácil de fazer.
O problema é que os portugueses também nos trouxeram o seu conservadorismo. Enquanto na Holanda a maconha é legalizada, aqui ainda nos assustamos com pessoas tatuadas e mulheres falando abertamente sobre sexo.
Vamos então fazer passeatas carregando cartazes de “Legalize” e botar nossas mães para dizer na TV que o Roberto Carlos a fizeram ficar molhadinhas?
Não, nós somos brasileiros adoradores de pagode com farofa na praia, não idiotas.
Poderíamos apenas nos espelhar em bons exemplos encontrados em outros países para que, levando em consideração nossas particularidades, possamos melhorar a triste situação em que muitos de nós ainda vive.
O problema é que os portugueses, e sempre os portugueses, nos fizeram ter complexo de inferioridade. Afinal de contas, ter sido colônia de um país que está mais pra norte da África do que para sul da Europa é complicado. E é por acreditar que somos inferiores que não tentamos mudar nossa realidade. É melhor apenas continuar admirando os gringos e repetir a todo momento que “no Brasil, nada dá certo”.
Vamos então organizar um movimento, enjaular um monte de pombas brancas para depois de passar duas horas gritando num microfone e gesticulando com o indicador ereto, soltá-las numa alusão à liberdade?
Não, nós somos brasileiro adoradores de pagode com farofa na praia, não idiotas.
O que fazer então?
Botar em prática outro ensinamento trazido pelos portugueses: o contentamento com o que nos é oferecido, mesmo que seja uma merda.
Como que podemos nos contentar?
Ora, vumbora pra praia ouvir um pagode, comer uma farofinha e dar graças a Deus por não termos sido colonizados por franceses. Uma hora dessas seriamos prepotentes, fedorentos, além de falar com biquinho. Nan...
Pensando assim, Portugal até que é legal! Ih, rimou!